sexta-feira, janeiro 14, 2011

23 mil turistas embarcam em Santos durante feriado paulista



De acordo com a Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos – Abremar, nove navios partirão do porto de Santos, o mais próximo à capital, entre os dias 21 e 23 de janeiro. Juntos, transportarão 23.165 turistas em roteiros que incluem as cidades de Maceió, Salvador, Ilhéus, Vitória, Búzios, Rio de Janeiro, Ilhabela, Itajaí, Porto Belo, Punta del Este, Montevidéu e Buenos Aires.
 
A temporada brasileira de Cruzeiros Marítimos teve início em outubro de 2010 e deve embarcar, até maio deste ano, 884 mil turistas.
 
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terça-feira, janeiro 11, 2011

Mulheres a bordo

Cruzeiristas: elas adoram viajar de navio e sempre que podem passam férias em alto mar.


“O bichinho do cruzeiro me pegou faz tempo”, diz Izabel Monteni. Hoje com 55 anos e aposentada, ela fez sua primeira viagem em um navio em 1985, percorrendo o Caribe com uma amiga. Gostou tanto que, desde então, já embarcou em outros oito cruzeiros pela América do Sul, Europa e costa brasileira. Como Izabel, muitas outras turistas se tornaram adeptas desse estilo de viagem cada vez mais popular no Brasil: são as cruzeiristas. Apaixonadas por turismo marítimo, elas embarcam em um novo roteiro sempre que possível –e passam o resto do tempo planejando a próxima viagem em alto mar.

A administradora Mayling Akyoka fez cinco cruzeiros nos últimos três anos – e está para fazer mais um no verão. Aos 42 anos, ela se apaixonou pelo estilo de turismo depois que fez um roteiro de navio pela costa brasileira com seu ex-noivo. Após a viagem romântica, repetiu a dose algumas outras vezes com a mãe e as amigas. “Com minha mãe foi uma proposta diferente. Não a desgastei e também consegui me divertir. O cruzeiro tem dança e atividades que alguém mais velho consegue acompanhar.” Neste ano, ela foi ao “Carnavio”, cruzeiro que atrai solteiros durante o feriado de Carnaval. E adorou: “Paqueras, diversão pura e risadas garantidas”, conta.

Foto: Bruno Zanardo/Fotoarena
Mayling lembra do último dos cinco cruzeiros que fez com uma das fotos de viagem


Mas nem todas buscam badalação nos cruzeiros. Carina Kercheklian, advogada de 38 anos, viajou pelo menos dez vezes desde 2004 junto com a mãe e a avó de 87 anos. Para ela as viagens de navio são uma oportunidade para ficar com as mulheres da família que não têm mais pique para viagens com muitos deslocamentos. “A minha turma é mais velha, são separadas, viúvas. Eu ficava com elas, e a noite me divertia”, diz.

Opções temáticas atraem mais mulheres 

Foto: Arquivo pessoal
Karen Roedel gostou do cruzeiro de moda e vai fazer a viagem novamente
Nada mais feminino que um cruzeiro focado em moda. A alternativa temática, o Brazil Fashion Cruise, foi escolhida por para sua primeira viagem de navio. Com 27 anos, ela trabalha na área e ficou sabendo do navio por clientes e fornecedores. Um cruzeiro desse tipo tem desfiles diários de estilistas e um concurso de modelos como atrativos durante sete dias. “Uni o útil ao agradável. Consegui fazer coisas de trabalho e me divertir. Tem vários DJs bacanas. Em nenhum lugar você vê tudo isso tão misturado”, diz ela, que já fechou o pacote para a próxima edição. E olha que nesse cruzeiro o foco não são as compras. A ideia é ficar por dentro das próximas tendências da moda.

“O publico feminino é maioria, principalmente de acordo com o tipo de cruzeiro”, afirma Adrian Ursilli, diretor comercial e de marketing da MSC Cruzeiros. Os navios temáticos com programações de dança, estética, fitness e qualidade de vida estão entre os mais procurados por elas. “É um ambiente de fantasia e de sonho, lúdico para a mulher”, diz o executivo. Para ele, o publico feminino gosta de cruzeiros porque se identifica com o ícone de glamour e vida social do navio, com jantares e festas. “É uma ocasião segura para usar roupas sofisticadas e joias além de oferecer spa e salão de beleza para a mulher que gosta de se produzir.”

Os roteiros musicais também atraem muitas mulheres e fãs. Entre as opções mais famosas estão oscruzeiros anuais do cantor Roberto Carlos e o “É o Amor”, que tem como atração principal o show da dupla Zezé di Camargo e Luciano.

Yrena Dantas já está com o pacote comprado para sua terceira viagem no navio sertanejo. “Não importa o roteiro, para onde vai o navio, eu vou para ver o Zezé”, diz a empresária de 48 anos, que viaja sempre como marido. Ela já fez outro cruzeiro pelo Taiti, mas prefere não comparar a vista paradisíaca com a programação do “É o Amor”. “É romântico, tem muitos casais e sai mais barato que três dias em um hotel”, diz.

Foto: Arquivo pessoal
Yrena Dantas e o marido vão pela terceira vez no cruzeiro "É o Amor", com show de Zezé di Camargo e Luciano


Turista fiel 

Quem gosta de cruzeiros, volta. Varia o roteiro, o navio, mas dá preferência para o turismo em alto mar– quase 95% deles pretendem viajar novamente, segundo números da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar). E as mulheres têm grande participação nesse alto índice de retorno, segundo Ricardo Amaral, presidente da entidade e diretor da Royal Caribbean. “Tanto sozinha como em família, ela preza muito pela conveniência, diversão, custo e segurança a bordo”, diz.

Segundo Amaral, os navios são muito procurados por elas em função da convivência com outras pessoas. As cruzeiristas acumulam histórias de amizades e aventuras que acontecem durante as viagens. Izabel até hoje costuma embarcar em navios com uma companheira de viagem que conheceu logo no primeiro cruzeiro que fez, há 25 anos. Mayling também levou as amizades de viagens para terra firme: “Temos um grupo que sai para almoçar, jantar, divide confidências”, conta.

As mulheres também têm um papel importante na decisão das viagens da família, motivadas pela gama de atividades para crianças e adolescentes, segundo Ursilli. E essa persuasão não se limita só ao marido ou filhos: as cruzeiristas convencem outros familiares e amigos para acompanhá-las. É o que fez Izabel, que passou o gosto pelos cruzeiros para a irmã, que viajou há uma semana para a Europa para fazer uma travessia de navio de volta ao Brasil. Ideia de Izabel, claro. Mayling também convenceu os amigos e colegas: “Me diverti tanto que contagiei todo mundo aqui no trabalho. Algumas pessoas já estão indo procurar cruzeiros para as férias”, conta.

Popularização e luxo

Foto: Arquivo pessoal
Silvia Poppovic e a família viajaram em um cruzeiro de luxo: "“Você é tratada como rainha”
Os cruzeiros cresceram em volume e passageiros no Brasil nos últimos anos. Com isso se tornaram mais acessíveis também. “Nunca tinha imaginado fazer um cruzeiro até o primeiro. Era algo de sonho, muito caro. Agora está facilitado, épossível parcelar”, avalia Izabel. “Com R$ 1000 já é possível fazer uma viagem de navio”, diz Ricardo Amaral, presidente da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (Abremar) e diretor-geral da empresa Royal Caribbean. Segundo ele, a procura das viagens marítimas teve um crescimento significativo nos últimos cinco anos. A previsão é de que o número de passageiros aumente 23% sobre a temporada anterior.

Cruzeiros acessíveis, por outro lado, levam a navios lotados e mais populares. Com isso alguns cruzeiristas estão buscando opções mais exclusivas. Para escapar dos grandes cruzeiros com três mil passageiros, há navios de luxo que chegam ao Brasil para roteiros locais voltados a um número menor de turistas que podem pagar pela mordomia. Esse foi o caminho encontrado pela jornalista e apresentadora Silvia Poppovic, que viajou no navio Silver Whisper, que agora está no Brasil, pela Escandinávia. “É uma viagem cara, o oposto dessa tendência de popularização. É muito diferenciado”, diz. Ela diz que, se possível, prefere só fazer esse tipo de cruzeiro a partir de agora. Entre os detalhes que Silvia conta da viagem está o champagne servido no fim da tarde, mantas de cashmere no deck e toalhas geladas oferecidas na piscina. “Você é tratada como rainha, come e bebe bem. Sente como se o barco fosse seu”, conta.

Aberta a temporada 2010-2011
A costa brasileira terá muitas opções de viagens de navio a partir de US$ 299, entre cruzeiros temáticos, curtos e de réveillon. Veja as opções para a temporada e escolha um que tem mais a ver com você.
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segunda-feira, janeiro 10, 2011

Pacotes de turismo ficarão mais baratos com isenção de IR para gastos no exterior

Em segunda-feira 10/1/2011, às 10:33

SÃO PAULO - Os pacotes turísticos devem ficar mais baratos com a isenção de IR (Imposto de Renda) para gastos no exterior, segundo análise do coordenador-geral de Tributação da Receita Federal, Fernando Mombelli.
Para ele, apesar de não ser possível avaliar se as agências repassarão integralmente a isenção para os preços, os pacotes devem ficar mais competitivos; sendo que o objetivo da medida – publicada na edição da última sexta-feira (7) do DOU (Diário Oficial da União) – é aumentar a participação das agências nacionais de turismo nas viagens para o exterior.
“Hoje, muita gente fecha viagens ao exterior com pagamento no cartão de crédito internacional sem pagar impostos. Isso prejudicava as agências, que tinham de pagar 15% de Imposto de Renda nas remessas para pagar hotéis e passagens no exterior (…) A isenção vai tornar os pacotes turísticos vendidos no país mais competitivos em relação aos pacotes vendidos no exterior por agências de turismo estrangeiras”, disse Mombelli, conforme publicado pela Agência Brasil.
Regras
De acordo com a Instrução Normativa de número 1.119, a isenção de Imposto de Renda para despesas no exterior é válida para remessas de até US$ 20 mil mensais, tanto para pessoa física como jurídica. No caso das agências de viagem, o limite das despesas é de R$ 10 mil ao mês, por passageiro - que deverá ser pessoa física residente no País – e, segundo a IN, “a agência fará jus à isenção do IRRF até o limite de 1.000 passageiros por mês.
Dentre os gastos que podem ser beneficiados com a isenção estão aqueles relacionados com hotéis, passagens aéreas, seguros de viagens, aluguel de automóveis e cobertura de despesas médico-hospitalares. A medida também abrange os gastos com treinamento ou estudos.
Ainda na opinião do coordenador da Receita, a isenção não terá impacto sobre o câmbio, já que a proposta apenas muda a forma pela qual os recursos deixam o País, sem alterar o nível total de saída de divisas.
“O volume de turismo no exterior vai ser o mesmo. O dinheiro sairá do País do mesmo jeito, só muda o caminho”, afirma.

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